sábado, 12 de janeiro de 2013

EUREKA

Arquimedes (287 a.C. - 212 a.C.), que viveu na cidade grega de Siracusa, foi um dos maiores matemáticos de sua época. Suas contribuições na área da matemática são contadas por histórias cuja veracidade é de difícil atribuição por parte dos historiadores.

Uma delas envolve uma coroa de ouro.

Arquimedes tinha grande prestígio junto ao rei Hierão, que havia fornecido ouro puro para que um ourives lhe fizesse uma coroa. Desconfiado, o rei pediu a Arquimedes que descobrisse se a coroa era realmente toda de ouro ou se haviam misturado prata nela.

O problema é que Arquimedes não podia danificá-la, ou seja, não podia simplesmente derreter o material para descobrir a sua densidade.

Certo dia, Arquimedes tomava banho público em uma banheira, quando percebeu que o nível da água subia quando ele entrava. Num súbido momento criativo, imaginou que dessa forma poderia determinar o volume e a densidade de corpos. A sua excitação foi tão grande que ele teria se esquecido de vestir-se, saindo nu à rua em direção à sua casa gritando "Eureka, eureka".

Conta-se que foi a partir dessa experiência cotidiana que Arquimedes descobriu a primeira lei da hidrostática: um corpo, quando mergulhado em um fluido, recebe um empuxo de intensidade igual ao peso do volume de fluido deslocado. Esse tal empuxo é uma força vertical exercida para cima que um corpo sofre ao ser mergulhado em um fluido. É por causa dele que nosso corpo parece mais leve na piscina e um barco não afunda no mar. É também a partir dessa experiência que a expressão "Eureka" se popularizou e até hoje é utilizada quando ocorre um insight, tido como sinônimo de "descobri", "achei".

(Trecho da matéria Curiosidades Matemáticas, de minha autoria, publicada na edição 024 (jan/2013) na coluna Na Garupa, da Revista Bicicleta).

Nenhum comentário:

Postar um comentário